quarta-feira


Estou presa a um mundo cruel, onde não respeitam ninguém, onde todos são culpados pelos erros dos outros, onde já é quase impossível sentir um simples e pequeno raio de sol (…)

terça-feira

Quero ser pequenina, sempre


Quero, simplesmente, voltar a ter medo do escuro e dos monstrinhos imaginários.
Quero que quando houverem pesadelos, ou lágrimas a cair, ter alguém para me abraçar.
Quero dormir e sonhar sem que me acordem.
Quero ler contos de fadas e imaginar-me neles, sorrir ou chorar, sem que ninguém me atormente.
Como se não existisse mais nada nem ninguém.
Quero chorar, gritar, correr, saltar e espernear quando tiver que o fazer.
Quero viver sem imaginar o amanhã.
Quero poder acender uma simples luz e sentir que o medo passou.
Quero poder sorrir sem fazer um único esforço.
Quero fechar os olhos e ter um mundo meu, somente meu, onde só entra quem eu necessito.
Quero ter o sol a bater-me na cara e correr à vontade, como o vento. E sentir a sua liberdade e o seu brilho nas veias.

serve de alguma coisa?




explica-me o porquê disto tudo, porque estamos assim?
não serve de nada isto, só magoa, magoa e muito!
tinhamos tudo, e sem saber o porquê estamos assim.
(...)
pm:'

Caíu e partiu ...



Sabia de cor todos os teus gestos, todos os traços do teu rosto, os graves e os agudos da tua voz. Sabia de cor o teu simples olhar.
Vasculhaste o meu coração e iluminaste-o, eras bem mais brilhante que o sol.
Com cada palavra nua, cada gesto parvo, o arco-íris aparecia e reaparecia vezes e vezes sem conta.
Os sonhos eram como estrelas não paravam de piscar, piscar, piscar …
Até que o copo caiu, caiu e partiu-se em milhões e milhões de pedacinhos de vidros que pareciam nunca mais ter fim.
A pouca esperança ainda existente fugiu como o vento, e nunca mais voltou …
Partiste tudo, não sobrou nem um pedacinho!
O sonho e a imaginação acabaram, o negro apoderou-se de mim …