sábado

lost?

acordei, olhei para a janela, estava a chover. mesmo assim calcei com toda a pressa as primeiras sapatilhas que consegui deslumbrar naquele armário, que mais parece uma lixeira, agarrei no batom de cieiro e na máquina fotográfica, e saí, saí de casa e fui andar pela chuva.
é fria, isso é, mas sabe mesmo bem. pelo menos a mim faz-me pensar na vida.
comecei a correr, e foi tão bom sentir aquela água fria a cair-me sobre o rosto, quando dei por mim estava mesmo juntinha à tua casa, aí sentei-me numa pedra e comecei a perguntar-me do porquê de ter ido lá parar.  
EU NÃO QUERIA, a minha cabeça sabia bem disso, mas eu nem pensei corri para onde o meu coração me queria levar.
reparei que aquele local, estava "igualzinho" desde a última vez que lá tinha estado, também me apercebi de que tinha calçado as sapatilhas que tu tanto gostavas, depois disso só me lembro de me vir tudo ao pensamento, sem uma única falha.
comecei a chorar, em todo o meu corpo já só existia água, mas ali continuei.
coloquei a máquina fotográfica ao peito e fiquei lá sentada horas e horas sem fim a tirar fotografias a tudo o que me fazia lembrar de nós.
já não era só a chuva que estava presente, o vento, esse também me quis fazer companhia e trouxe-me o teu cheiro, aí as lágrimas começaram a cair descontroladamente. Senti-me no fim do mundo.

sexta-feira

sábado

gostava de estar neste momento abraçada a ti, a desfrutar desta lua maravilhosa (...)