
Quero, simplesmente, voltar a ter medo do escuro e dos monstrinhos imaginários.
Quero que quando houverem pesadelos, ou lágrimas a cair, ter alguém para me abraçar.
Quero dormir e sonhar sem que me acordem.
Quero ler contos de fadas e imaginar-me neles, sorrir ou chorar, sem que ninguém me atormente.
Como se não existisse mais nada nem ninguém.
Quero chorar, gritar, correr, saltar e espernear quando tiver que o fazer.
Quero viver sem imaginar o amanhã.
Quero poder acender uma simples luz e sentir que o medo passou.
Quero poder sorrir sem fazer um único esforço.
Quero fechar os olhos e ter um mundo meu, somente meu, onde só entra quem eu necessito.
Quero ter o sol a bater-me na cara e correr à vontade, como o vento. E sentir a sua liberdade e o seu brilho nas veias.